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Outubro de 2015

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Entrevista com Bulldog Fantazma

Postado por Administrador





Emergido do esgoto mais fétido do underground, está o rapper Bulldog Fantazma de 25 anos, residente e representando a cena da Baixada Santista.Bulldog Fantazma é um dos poucos expoentes da cena horrorcore no Brasil, um estilo de rap q mescla os temas já usuais do gênero com a cultura do horror. O blog Relógio Desregulado exclusivamente obteve uma entrevista com o rapper santista e em primeira mão leva até você uma viagem ao autor de polêmicas músicas como “Fim doz diaz”, “Morte aos padres”, “Tendência Suicida” e “Meu amor é o meu ódio”.

Entrevista feita por J.M em Abril de 2007

Relógio Desregulado: Bulldog, como você começou na música e como decidiu trabalhar com o gênero horrorcore?

Bulldog Fantazma: Bom, antes de mais nada gostaria de agradecer a oportunidade de esclarecer certos pontos, acho q gostar de música e ter um certo jeito pra fazê-la veio de berço mesmo, não q eu tenha familiares envolvidos mas por ter sido sempre uma pessoa bem sozinha eu encontrei um certo refúgio na música, quanto ao horrorcore, é o seguinte: da mesma forma q sempre fui apaixonado por música, sempre gostei de contos mórbidos, estórias macabras, sempre tive curiosidade de saber sobre os tais temas, mas colocar isso na música veio nos meados de 1996, eu achava o rap nacional muito consciente e com idéias q todos já estavam acostumados a escutar, e ao escutar o primeiro álbum do grupo Three Six Mafia, o primeiro álbum do grupo Natas e um dos álbuns do grupo Insane Clown Posse, eu percebi q o q eu estava pensando em fazer já estava sendo feito por rappers gringos, por isso resolvi não demorar a colocar em frases sangrentas tudo aquilo q sempre desejei falar.

Relógio Desregulado: Sabemos q o horrorcore não tem uma boa aceitação nem mesmo em seu local de origem, como é trabalhar com um estilo tão mal interpretado em um país como o Brasil, onde boa parte da população valoriza a música alienante e descartável?

Bulldog Fantazma: Eu não acho complicado trabalhar também com este gênero no nosso país, porque as pessoas q escutam meus sons já podem ter percebido q eu não estou muito interessado em virar uma estrela alegre sorridente e com um brilho de ilusão no olhar, eu faço música pra quem realmente tem a cabeça aberta e admiram pessoas q tem coragemde falar o q é mal visto e mal interpretado, as pessoas do nosso país são muito pobres de informação, por isso entendo ser mal interpretado, mas quanto a isso eu já percebi q posso muito bem continuar fazendo meu trabalho, “vivendo disso” mesmo sendo sujo perante a olhares alheios, porque nem todos têm esse pensamento de viver enchendo os ouvidos de músicas alegres com um conteúdo fácil de se decorar. 6 pro nascimento 6 pra vida e 6 pra morte...

Relógio Desregulado: O horrorcore é um estilo musical pesado e muitos o enxergam como uma influência negativa, porém muitos vêem na arte em si uma forma de redenção. O q a música já contribuiu em sua vida?

Bulldog Fantazma: Bom a música já me rendeu várias idas a delegacia, já me rendeu o preconceito, ás vezes pessoas se assustam com o q eu digo, porém se esquecem de q muitas das frases usadas, nós enxergamos claramente estampada no rosto de cada indivíduo, mas a música já me rendeu coisas boas, por exemplo: o reconhecimento, ser paradona rua e pessoas me tratarem bem e dizerem q gostam do q eu faço não importando a forma, sei q tenho fãs leais e eles fazem com q eu sinta mais vontade de continuar,eu não preciso de muito pra ser feliz, mas o reconhecimento em minha vida será sempre bem vindo e não se esqueçam: o mundo gira, um dia você pode estar sendo julgadoe no dia seguinte é você quem vai poder julgar e de resto eu quero mesmo é q as pessoas q não gostam dessa linha vivam suas vidinhas preocupadas em função do fim.

Relógio Desregulado: Muitos rappers militam em causas sociais, você possui essa preocupação social?

Bulldog Fantazma: Fico triste quando passo por um sinal e vejo crianças se prostituindo por poucos reais com um saco de cola na mão, fico muito atormentado quando vejo poucos com muito, e muitos com nada, porém não me foi dado a dádiva de resolver os problemas q os próprios homens insistem em continuar criando, tenho algumas músicas q citam de algum jeito os problemas sociais mas não quero q minha música se limite a isso, vejo rappers q insistem em querer pagar de bons homens, mas a mente humana é uma caixa de surpresa, se você tem uma família e se vê numa situação precária, você é capaz de roubar, matar pra mantê-las pelo menos alimentadas. Por isso deixo esse assunto pra quem se predispõem em ajudar a nação, mesmo sendo uma perda de tempo.

Relógio Desregulado: Você costuma distribuir seus sons pela net, qual é a maior dificuldade atualmente q você vê para um artista underground?

Bulldog Fantazma: Sempre fui o tipo de pessoa q arranca um lado bom de situações humilhantes, assustadoras, ou até mesmo engraçadas, mofar no ponto de ônibus com uma mochila com uma “muda” de roupa pra cantar em uma outra cidade, ser abordado constantemente por homens q se dizem ser os protetores, dormir em praças esperando amanhecer pra você conseguir a condução, pular a catraca, vender cds por cinco conto de mão em mão, ficar até 4, 5 dias fora de casa passando por várias é normal, mas o maior dos problemas q eu vejo é a falta de espaço, por exemplo: no horrorcore se na minha cidade existissem centros, clubes ou até mesmo bares pra q fosse divulgado esse estilo seria muito bom, ou até mesmo um ponto de encontro já ajudaria bastante, outro dos problemas é ter q ter dinheiro pra fazer as gravações, porque se você trabalha em algum outro tipo de profissão você não terá tempo pra se dedicar 24/7/365 totalmente a música e isso já vai deixar a desejar, mas faço o possível pra nunca deixar faltar meu tostão pra dar continuidade ao q eu chamo de maior sonho.

Relógio Desregulado: Alguns rappers se recusam a participar de programas, de se expor na mídia e tudo mais. Você vê problema nessa relação entre a grande mídia e o rap?

Bulldog Fantazma: Acho q quando se trata de um rap q se limita a falar dos problemas da nação, não vejo problema, mas no meu caso isso será impossível, a não ser se o convite vier de um espaço q só passe informações sobre rap ou de qualquer outra forma underground de ser. Imagine a música Meu Amor é o Meu ódio em um programa de grande porte! Chega a ser bizarro...

Relógio Desregulado: Até onde suas músicas refletem experiências pessoais?

Bulldog Fantazma: Como algumas pessoas devem saber, eu faço gangsta rap e horrorcore e em ambos estilos não costumo mentir, fiz a música Tendência Suicida em uma época onde estava com depressão e em todas elas eu procuro só mudar a forma convencional de tratar de traumas pessoais, de relatar, relato os conflitos de um forma agressiva e verdadeira pode ter certeza!

Relógio Desregulado: Você já sofreu alguma repressão por alguma música q fez?

Bulldog Fantazma: Sim, já fui agredido por policiais, já fui humilhado por não fazer parte de uma sociedade q abaixa a cabeça pra certos assuntos, a ignorância está bem clara no ser humano, mas não tenho medo de falar, de cuspir verdades, de ser diferente, tenho atitude pra viver no meio underground da mesma forma q morro por isso, porque não faço simplesmente pra ser mais um, eu quero me destacar, ambição nesse ponto sempre esteve comigo e se algum dia, algum processo vir á tona ou algo do tipo eu vou saber resolver a situação. As leis q procuram prejudicar artistas q fazem música do subsolo são fracas demais ao meu ponto de vista, então continuarei fazendo e acho um pouco difícil alguém me calar.

Relógio Desregulado: Vemos em seus trabalhos uma diversidade de temas e sub gêneros de raps, vc passa pelo horrorcore, o rap dos vatos(Chicano Rap) como em “Rezpecta Me” e no gangsta rap em si. Qual desses gêneros você mais se identifica e fica mais satisfeito com o resultado final?

Bulldog Fantazma: O estilo q mais me identifico é o gangsta isso inclui o chicano rap, porque pra quem largou oportunidades de ter uma vida melhor pra viver conhecendo a margem da sociedade se identifica mais com o som gangsta mesmo, mas eu digo o gangsta rap hardcore aquele onde você mata ou morre, minha vida é muito turbulenta, na maioria das vezes percebo q eu sou o culpado por tais situações e quando faço gangsta rap procuro ser o mais agressivo possível, assim quando termino o trabalho percebo q fui claro e verdadeiro em tudo q eu disse, quanto ao horrorcore também me sinto muito satisfeito por se tratar de algo jamais criado por brasileiros.

Relógio Desregulado: Seu som tá rolando por várias mix tapes e downloads na net. Deixe um salve pros “neggoz” q curtem teu som.

Bulldog Fantazma: Agradeço esse espaço em primeiro porque fico satisfeito q meu som tá entrando na casa de pessoas q pelo percebo tem curiosidade em conhecer trabalhos novos. Mais uma vez agradeço aos organizadores do Relógio Desregulado, quanto as mixtapes eu fico honrado porque tem muita gente de qualidade se destacando dentro das mixtapes, esse é um grande meio de divulgação, graças a Internet e alguns outros mecanismos de publicidade eu consegui mostrar o q eu faço.Agradeço todos os blogs q fazem com q pessoas desconhecidas mostrem seu talento, todos os blogs e sites q fazem com q o rap de um modo geral não pare, mando um salve a todos os rappers q não se entregam facilmente q mantêm a linha de seus objetivos e não fraquejam, um salve a todos da v2f máfia minha posse q nunca me deixaram na mão, muito pelo contrário me dão força pra continuar e continuar não é fácil, e também agradeço aos meus pais pois eles são os responsáveis pelo Bulldog Fantazma existir.

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